Título original: Roverandom
Ano de lançamento: 1998
Ano de lançamento no Brasil: 2002
Número de páginas: 127
Tradução por: Waldéa Barcellos
Editora: Martins Fontes
''Roverandom'' é aquele tipo de livro que você consegue ler um apenas um dia. Com uma escrita bem simples, Tolkien nos conta as aventuras do cãozinho Rover por lugares mágicos - e embora a história aqui não se passe na Terra-Média, muito de sua cultura pode ser encontrada pelas páginas.
A história de ''Roverandom'' surgiu quando o professor Tolkien levou seus filhos para passar o fim de ano numa praia. Eis que seu filho mais novo, Michael, perdeu seu brinquedo de estimação (um cachorrinho preto e branco) no meio das dunas. Michael ficou arrasado com a perda de seu brinquedinho favorito, então... tarde da noite, Tolkien colocou Michael na cama e lhe contou a seguinte história:
Rover era um cachorro que adorava sua família. Certo dia, enquanto brincava no jardim, ele se deparou com um mago, que pegou a bolinha de brinquedo do cachorro e decidiu levar consigo. Num acesso de raiva, Rover ataca o mago, rasgando parte de sua capa. E então... ele é transformado num brinquedo, posteriormente levado até uma vendinha na cidade.
Pouco tempo depois, um garotinho passa pela vitrine e chama o ''brinquedo'' Rover de ''muito real''. O garotinho então convence sua mãe a comprar o Rover, que é transportado até uma casa na praia. Na manhã seguinte, as crianças resolvem brincar na costa, e por um pequeno deslize, o ''brinquedo'' Rover acaba perdido entre as dunas.
Nessa praia, existia um poderoso mago da areia que logo notou a presença de Rover. Após uma conversa, Rover questiona o poderoso mago se sua forma real pode ser adquirida de alguma forma. Mas o mago diz que (para o desapontamento de Rover) que apenas o mago que lançou este feitiço pode desfaze-lo.
Então, com a ajuda de uma gaivota, o pequeno Rover parte numa jornada atrás do mago. Ele passa pelo lado escuro da lua onde conhece o Homem-Lua e sua cão alado também chamado de Rover, onde aprende muitas lições.
Rover também faz alguns amigos no fundo do mar durante sua jornada. ''Roverandom'' é um livro cheio de moral, recomendado para leitores de todas as idades. Originalmente enviado para sua editora nos anos 30, o livro só veio a ser publicado em 1998. A edição nacional de 2014 (Martins Fontes) vem repleta de ilustrações e uma ótima introdução que irá agradar todos os fãs do autor.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
sábado, 26 de dezembro de 2015
''OS 13 PORQUÊS'', DO JAY ASHER
Título original: Thirteen Reasons Why
Ano de lançamento original: 2007
Ano de lançamento no Brasil: 2009
Editora: Ática
Número de páginas: 254
Tradução por: José Augusto Lemos
Clay Jensen é um típico adolescente que acabou de chegar da escola. Na porta de sua casa ele encontra uma caixa de sapato velha. Dentro dessa caixa existe 7 fitas cassete. Elas foram enviadas por Hannah (sua paixonite). Hannah agora está morta.
Para Clay, as fitas cassete gravadas por Hannah Baker não tem nada haver com ele. Hannah está morta. E seus segredos devem ser enterrados com ela. Só que... a voz de Hannah diz a Clay que o nome dele está em uma das histórias dessas fitas - e que ele, de alguma maneira, é responsável por sua morte.
Tomado por espanto, angústia e muito medo, Clay permanece escutando as gravações madrugada afora pelas ruas da cidade... e o que Clay irá descobrir mudará sua vida para sempre.
''Os 13 Porquês'' tem um ritmo muito bom de leitura - aquele tipo de livro que você consegue ler em um final de semana. Cada capítulo é o equivalente a um lado das fitas cassete, e mescla os momentos do Clay, com a voz e os pensamentos de Hannah (já morta). Através das fitas, Clay vai descobrindo aos poucos os treze motivos que levaram Hannah a cometer suicídio.
Contar MAIS DO QUE ISSO seria entregar SPOILERS. Este livro estava no topo da minha ''wish list'', já que ele sempre aparece nas listas de ''os livros mais tristes que já li na vida'', mas confesso que... pelo tanto que me falaram a respeito do livro pensei que o final seria bem mais impactante. Pois, a partir do momento que você descobre o motivo do Clay estar recebendo as fitas a narrativa se torna um pouco arrastada.
Recentemente foi anunciado que a Netflix comprou os direitos do livro para transformar em série de TV. A série será produzida e protagonista pela cantora Selena Gomez, mas ainda não possui previsão de estreia.
Ano de lançamento original: 2007
Ano de lançamento no Brasil: 2009
Editora: Ática
Número de páginas: 254
Tradução por: José Augusto Lemos
Clay Jensen é um típico adolescente que acabou de chegar da escola. Na porta de sua casa ele encontra uma caixa de sapato velha. Dentro dessa caixa existe 7 fitas cassete. Elas foram enviadas por Hannah (sua paixonite). Hannah agora está morta.
Para Clay, as fitas cassete gravadas por Hannah Baker não tem nada haver com ele. Hannah está morta. E seus segredos devem ser enterrados com ela. Só que... a voz de Hannah diz a Clay que o nome dele está em uma das histórias dessas fitas - e que ele, de alguma maneira, é responsável por sua morte.
Tomado por espanto, angústia e muito medo, Clay permanece escutando as gravações madrugada afora pelas ruas da cidade... e o que Clay irá descobrir mudará sua vida para sempre.
''Os 13 Porquês'' tem um ritmo muito bom de leitura - aquele tipo de livro que você consegue ler em um final de semana. Cada capítulo é o equivalente a um lado das fitas cassete, e mescla os momentos do Clay, com a voz e os pensamentos de Hannah (já morta). Através das fitas, Clay vai descobrindo aos poucos os treze motivos que levaram Hannah a cometer suicídio.
Contar MAIS DO QUE ISSO seria entregar SPOILERS. Este livro estava no topo da minha ''wish list'', já que ele sempre aparece nas listas de ''os livros mais tristes que já li na vida'', mas confesso que... pelo tanto que me falaram a respeito do livro pensei que o final seria bem mais impactante. Pois, a partir do momento que você descobre o motivo do Clay estar recebendo as fitas a narrativa se torna um pouco arrastada.
Recentemente foi anunciado que a Netflix comprou os direitos do livro para transformar em série de TV. A série será produzida e protagonista pela cantora Selena Gomez, mas ainda não possui previsão de estreia.
domingo, 18 de outubro de 2015
''DEIXE A NEVE CAIR'', DE JOHN GREEN, MAUREEN JOHNSON E LAUREN MYRACLE
Título original: Let It Snow
Ano de lançamento original: 2008
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Número de páginas: 335
Tradução de: Marina Kohnert
Editora no Brasil: Rocco Jovens Leitores
''NA NOITE DE NATAL, uma inesperada tempestade de neve transforma uma pequena cidade num inusitado refúgio romântico, do tipo que se vê apenas em filmes. Bem, mais ou menos...''
''Deixe a Neve Cair'' é o resultado da união dos autores John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle (ambos autores de young adults) onde cada um ficou encarregado de escrever um conto natalino. E sim! estas histórias possuem ligações entre si.
O primeiro conto é da autora Maureen Johnson e na minha opinião é o melhor deste livro. ''O Expresso Jubileu'' narra as aventuras dessa garota de nome um tanto peculiar: Jubileu. Após os pais serem presos por uma confusão na loja Flobie, Jubileu precisa pegar um trem para passar o Natal com os avós na Florida. No meio do caminho esse trem fica empacado numa cidadezinha chamada Gracetown (onde se desenrola todos os três contos deste livro) onde acaba acontecendo várias coisas para dificultar a trajetória da jovem.
O segundo conto é do autor John Green e se chama ''O Milagre das Lideres de Torcida'', talvez este seja o conto mais curto do livro - e infelizmente, o mais chatinho também - ele fala sobre um grupo de amigos que precisam enfrentar uma nevasca até uma Starbucks mais próxima onde se encontram várias lideres de torcidas que ficaram presas no fast-food devido ao transporte.
O último conto é da autora Lauren Myracle, chamado de ''O Santo Padroeiro dos Porcos'' nos conhecemos a Addie, uma garota com o coração partido pois acabou de brigar com seu namorado na véspera de Natal. Com a ajuda de suas melhores amigas, Addie irá tentar superar esta nova fase... isso e ir buscar o miniporco de sua amiga num pet shop.
''Deixe a Neve Cair'' é um livro cheio de altos e baixos, ele começa muito bem com o primeiro conto e vai decaindo. O conto do John Green chega a ser tão cansativo que quando ele termina você quer fechar o livro, talvez isso tenha prejudicado um pouco minha leitura do último conto. Este é um livro leve, sobre amor, amizade, espírito natalino e neve... muita neve.
Ano de lançamento original: 2008
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Número de páginas: 335
Tradução de: Marina Kohnert
Editora no Brasil: Rocco Jovens Leitores
''NA NOITE DE NATAL, uma inesperada tempestade de neve transforma uma pequena cidade num inusitado refúgio romântico, do tipo que se vê apenas em filmes. Bem, mais ou menos...''
''Deixe a Neve Cair'' é o resultado da união dos autores John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle (ambos autores de young adults) onde cada um ficou encarregado de escrever um conto natalino. E sim! estas histórias possuem ligações entre si.
O primeiro conto é da autora Maureen Johnson e na minha opinião é o melhor deste livro. ''O Expresso Jubileu'' narra as aventuras dessa garota de nome um tanto peculiar: Jubileu. Após os pais serem presos por uma confusão na loja Flobie, Jubileu precisa pegar um trem para passar o Natal com os avós na Florida. No meio do caminho esse trem fica empacado numa cidadezinha chamada Gracetown (onde se desenrola todos os três contos deste livro) onde acaba acontecendo várias coisas para dificultar a trajetória da jovem.
O segundo conto é do autor John Green e se chama ''O Milagre das Lideres de Torcida'', talvez este seja o conto mais curto do livro - e infelizmente, o mais chatinho também - ele fala sobre um grupo de amigos que precisam enfrentar uma nevasca até uma Starbucks mais próxima onde se encontram várias lideres de torcidas que ficaram presas no fast-food devido ao transporte.
O último conto é da autora Lauren Myracle, chamado de ''O Santo Padroeiro dos Porcos'' nos conhecemos a Addie, uma garota com o coração partido pois acabou de brigar com seu namorado na véspera de Natal. Com a ajuda de suas melhores amigas, Addie irá tentar superar esta nova fase... isso e ir buscar o miniporco de sua amiga num pet shop.
''Deixe a Neve Cair'' é um livro cheio de altos e baixos, ele começa muito bem com o primeiro conto e vai decaindo. O conto do John Green chega a ser tão cansativo que quando ele termina você quer fechar o livro, talvez isso tenha prejudicado um pouco minha leitura do último conto. Este é um livro leve, sobre amor, amizade, espírito natalino e neve... muita neve.
sábado, 17 de outubro de 2015
''MESTRE GIL DE HAM'', DE J.R.R.TOLKIEN
Título original: Farmer Giles of Ham
Ano de lançamento original: 1949
Ano de lançamento no Brasil: 2003
Número de páginas: 102
Tradução por: Waldéa Barcellos
Editora no Brasil: Martins Fontes
Em ''Mestre Gil de Ham'' nos deparamos com mais um conto despretensioso de Tolkien para entreter seus filhos. Diferente de outras obras do autor (O Senhor dos Anéis, por exemplo), ''Mestre Gil'' é um livro rápido, sem muitos detalhes que cumpre seu papel principal: o de entreter o leitor - as crianças principalmente.
Acredito que, ''Mestre Gil'' nada mais é do que uma ''primeira versão'' de ''O Hobbit'' - alguns elementos como o condado, o dragão e o cômodo herói estão presentes aqui também. Talvez Tolkien tenha revisitado o conto do velho Gil e o aprimorado em ''O Hobbit''. Mas isso é claro, é apenas um TALVEZ.
Este livro conta a história do fazendeiro Aegidius Ahenobarbus Julius Agricola de Hammo - ou, simplesmente Mestre Gil de Ham, que mora numa pacata vila nas montanhas e gosta de apreciar a comida e o sossego. Após um gigante invadir suas terras, Mestre Gil (com a ajuda de seu bacamarte) trata logo de expulsa-lo para longe, é então que acaba ganhando certa fama de ''herói do povo'' por tal feito.
A notícia sobre o corajoso Mestre Gil percorre todo o reino - e a história logo vai parar nos ouvidos do Rei, que acaba recompensando Gil como uma espada matadora-de-dragões. Mas, ao se deparar com o terrível (a princípio) dragão Chrysophylax Dives, nosso querido fazendeiro terá de provar seu valor ao lado de seu inseparável companheiro - o cão Garm.
Ano de lançamento original: 1949
Ano de lançamento no Brasil: 2003
Número de páginas: 102
Tradução por: Waldéa Barcellos
Editora no Brasil: Martins Fontes
Em ''Mestre Gil de Ham'' nos deparamos com mais um conto despretensioso de Tolkien para entreter seus filhos. Diferente de outras obras do autor (O Senhor dos Anéis, por exemplo), ''Mestre Gil'' é um livro rápido, sem muitos detalhes que cumpre seu papel principal: o de entreter o leitor - as crianças principalmente.
Acredito que, ''Mestre Gil'' nada mais é do que uma ''primeira versão'' de ''O Hobbit'' - alguns elementos como o condado, o dragão e o cômodo herói estão presentes aqui também. Talvez Tolkien tenha revisitado o conto do velho Gil e o aprimorado em ''O Hobbit''. Mas isso é claro, é apenas um TALVEZ.
Este livro conta a história do fazendeiro Aegidius Ahenobarbus Julius Agricola de Hammo - ou, simplesmente Mestre Gil de Ham, que mora numa pacata vila nas montanhas e gosta de apreciar a comida e o sossego. Após um gigante invadir suas terras, Mestre Gil (com a ajuda de seu bacamarte) trata logo de expulsa-lo para longe, é então que acaba ganhando certa fama de ''herói do povo'' por tal feito.
A notícia sobre o corajoso Mestre Gil percorre todo o reino - e a história logo vai parar nos ouvidos do Rei, que acaba recompensando Gil como uma espada matadora-de-dragões. Mas, ao se deparar com o terrível (a princípio) dragão Chrysophylax Dives, nosso querido fazendeiro terá de provar seu valor ao lado de seu inseparável companheiro - o cão Garm.
Contar mais que isso é ''estragar'' o livro, então, irei parar por aqui. Mais uma vez ressalto que o livro é um conto INFANTIL, escrito para os filhos do autor. Embora, quem sabe, as aventuras do Mestre Gil renda uma nova trilogia nos cinemas - Peter Jackson, fica a dica :)
sábado, 3 de outubro de 2015
''CREPÚSCULO'', DE STEPHENIE MEYER
Título original: Twilight
Ano de lançamento original: 2005
Ano de lançamento no Brasil: 2008
Tradução por: Ryta Vinagre
Número de páginas: 357
Editora no Brasil: Intrínseca
''Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim,
disse Deus: Não comereis dele,
Nem nele tocareis
Para que não morrais.'' Gênesis, 3:3.
Formada em literatura inglesa, a autora Stephenie Meyer disse que a ideia para a saga ''Crepúsculo'' surgiu de um sonho que ela teve no dia 2 de Junho de 2003. No sonho, uma humana e um vampiro estavam conversando deitados sob uma campina - sonho este, que acabou se tornando o capítulo 13 do livro. ''Fui surpreendida a sonhar com este vampiro, eu não havia pensando neles - por isso digo, que foram os vampiros que me escolheram.''
Em menos de três meses a autora já havia concluído o primeiro volume, que era mantido as sete chaves - pois, segundo Stephenie, ela estava escrevendo este livro para ela, pois queria saber onde aquela conversa na campina iria dar. Foi quando a irmã de Steph - Emily - leu um rascunho do livro que ela convenceu a irmão mais nova a publica-lo. Em seguida, a autora assinou um contrato de três livros com a editora Little, Brown and Company no valor de US $ 750.000 - embora outros livros acabariam sendo lançados mais tarde.
''Crepúsculo'' conta a história de uma jovem garota chamada Isabella (Bella) que mora com sua mãe e o padrasto na ensolarada Phoenix, Arizona. Quando a mãe e o padrasto decidem sair em viagem para a Flórida, Bella se vê ''obrigada'' a passar um tempo com o pai biológico, Charlie, numa cidadezinha chamada Forks, na península de Olympic - o lugar com o maior índice de chuva nos Estados Unidos.
'' (...) há uma cidadezinha chamada Forks, quase constantemente debaixo de uma cobertura de nuves. Chove mais nessa cidade insignificante do que em qualquer outro lugar dos Estados Unidos. (...) Eu adorava Phoenix. Adorava o sol e o calor intenso. Adorava a cidade vigorosa e esparramada.''
Chegando em Forks, Bella se encontra na cia. de seu pai - o policial Charlie e de seus novos colegas de escola. Ninguém parece chamar muito a atenção da garota até que... ela o vê. Alto, forte, pele branca como mármore, olhos da cor âmbar e cabelos cor de bronze = Edward Cullen.
A família Cullen desperta curiosidade de todos na cidade, não só pela beleza, mas pelo jeito leve de caminhar, pela inteligência e pela forma de falar - como se estivessem vivendo em outra época.
Após ser salva por Edward durante um acidente no estacionamento da escola, Bella começa a desconfiar da verdadeira identidade do rapaz - que também começa a aparecer em seus sonhos.
'' - Então, o leão se apaixonou pelo cordeiro...''
'' - É o crepúsculo de novo, não importa o quanto os dias sejam perfeitos... eles sempre tem que acabar.''
Stephenie conseguiu escrever um livro profundamente romântico seguindo pelo lado sobrenatural. Por um momento, é possível esquecer todo o lado ''vampiresco'' da história e focar apenas no romance - que é o ponto alto do livro. E na minha opinião, Steph o fez muito bem. Desnecessárias as continuações que surgiram então, ''Lua Nova'', ''Eclipse'' e ''Amanhecer'' que apesar de - eu gostar bastante - acredito que o primeiro volume foi ''mágico'' o bastante para ser encerrado ali.
Ano de lançamento original: 2005
Ano de lançamento no Brasil: 2008
Tradução por: Ryta Vinagre
Número de páginas: 357
Editora no Brasil: Intrínseca
''Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim,
disse Deus: Não comereis dele,
Nem nele tocareis
Para que não morrais.'' Gênesis, 3:3.
Formada em literatura inglesa, a autora Stephenie Meyer disse que a ideia para a saga ''Crepúsculo'' surgiu de um sonho que ela teve no dia 2 de Junho de 2003. No sonho, uma humana e um vampiro estavam conversando deitados sob uma campina - sonho este, que acabou se tornando o capítulo 13 do livro. ''Fui surpreendida a sonhar com este vampiro, eu não havia pensando neles - por isso digo, que foram os vampiros que me escolheram.''
Em menos de três meses a autora já havia concluído o primeiro volume, que era mantido as sete chaves - pois, segundo Stephenie, ela estava escrevendo este livro para ela, pois queria saber onde aquela conversa na campina iria dar. Foi quando a irmã de Steph - Emily - leu um rascunho do livro que ela convenceu a irmão mais nova a publica-lo. Em seguida, a autora assinou um contrato de três livros com a editora Little, Brown and Company no valor de US $ 750.000 - embora outros livros acabariam sendo lançados mais tarde.
''Crepúsculo'' conta a história de uma jovem garota chamada Isabella (Bella) que mora com sua mãe e o padrasto na ensolarada Phoenix, Arizona. Quando a mãe e o padrasto decidem sair em viagem para a Flórida, Bella se vê ''obrigada'' a passar um tempo com o pai biológico, Charlie, numa cidadezinha chamada Forks, na península de Olympic - o lugar com o maior índice de chuva nos Estados Unidos.
'' (...) há uma cidadezinha chamada Forks, quase constantemente debaixo de uma cobertura de nuves. Chove mais nessa cidade insignificante do que em qualquer outro lugar dos Estados Unidos. (...) Eu adorava Phoenix. Adorava o sol e o calor intenso. Adorava a cidade vigorosa e esparramada.''
Chegando em Forks, Bella se encontra na cia. de seu pai - o policial Charlie e de seus novos colegas de escola. Ninguém parece chamar muito a atenção da garota até que... ela o vê. Alto, forte, pele branca como mármore, olhos da cor âmbar e cabelos cor de bronze = Edward Cullen.
A família Cullen desperta curiosidade de todos na cidade, não só pela beleza, mas pelo jeito leve de caminhar, pela inteligência e pela forma de falar - como se estivessem vivendo em outra época.
Após ser salva por Edward durante um acidente no estacionamento da escola, Bella começa a desconfiar da verdadeira identidade do rapaz - que também começa a aparecer em seus sonhos.
'' - Então, o leão se apaixonou pelo cordeiro...''
'' - É o crepúsculo de novo, não importa o quanto os dias sejam perfeitos... eles sempre tem que acabar.''
Stephenie conseguiu escrever um livro profundamente romântico seguindo pelo lado sobrenatural. Por um momento, é possível esquecer todo o lado ''vampiresco'' da história e focar apenas no romance - que é o ponto alto do livro. E na minha opinião, Steph o fez muito bem. Desnecessárias as continuações que surgiram então, ''Lua Nova'', ''Eclipse'' e ''Amanhecer'' que apesar de - eu gostar bastante - acredito que o primeiro volume foi ''mágico'' o bastante para ser encerrado ali.
sábado, 19 de setembro de 2015
''O PEQUENO PRÍNCIPE'', DE ANTONIE DE SAINT-EXUPÉRY
Título original: Le Petit Prince
Ano de lançamento original: 1943
Ano de lançamento da edição no Brasil: 2009
Tradução por: Dom Marcos Barbosa
Número de páginas: 93
Editora no Brasil: Agir
"A Léon Werth
''Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde - desde as três começarei a ser feliz.''
Então, somos apresentados ao ''pequeno príncipe'' do título. Esta criança de cabelos dourados mora no asteroide B 612, na companhia de sua rosa e pode se gabar por poder admirar o pôr-do-sol várias vezes em poucos segundos, devido ao tamanho de seu planeta. Antes de sua chegada na Terra, o jovem príncipe passou por outros planetas, onde encontrou pessoas autoritárias e cheias de vícios.
'' (...) é por causa das pessoas grandes. Elas adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, as pessoas grandes jamais se interessam em saber como ele realmente é. Não perguntam nunca: Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que coleciona borboletas?. Mas perguntam: Qual é a sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto seu pai ganha?. Somente assim é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos as pessoas grandes: Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado...'', elas não conseguem, de modo algum, fazer uma ideia da casa. É preciso dizer-lhes: Vi uma casa de seiscentos mil reais. Então elas exclamam: Que beleza! (...) Peçam-lhes então que façam as contas. Elas ADORAM os números: ficarão contentes com isso.''
'' - Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.''
Ano de lançamento original: 1943
Ano de lançamento da edição no Brasil: 2009
Tradução por: Dom Marcos Barbosa
Número de páginas: 93
Editora no Brasil: Agir
"A Léon Werth
Peço perdão às crianças
por dedicar este livro a uma pessoa grande. Tenho um bom motivo: essa pessoa
grande é o melhor amigo que possuo. Tenho um outro motivo: essa grande pessoa é
capaz de compreender todas as coisas, até mesmo os livros de criança. Tenho
ainda um terceiro motivo: essa pessoa grande mora na França e ela tem fome e
frio. Ela precisa de consolo. Se todos esses motivos não bastam, eu dedico
então este livro à criança que essa grande pessoa foi. Todas as pessoas grandes
um dia já foram crianças – mas poucas lembram disso. Corrijo, portanto, a
dedicatória; A Léon Werth, quando ele era criança.'' - Dedicatória do autor.
''O Pequeno Príncipe'' é um daqueles livros que você se SENTE obrigado a ler uma hora ou outra na sua vida. Seja por indicação de um amigo, professor ou alguém mais velho. Publicado originalmente em 1943, o livro é - até hoje muito mágico para crianças e adultos, sendo passado de geração para geração. E garanto a você - leitor, que após conhecer o pequeno principezinho, também ficará encantado.
'' - Por favor, desenha-me um carneiro.''
O livro começa com nosso narrador contando que, quando tinha seis anos, resolveu fazer um desenho de um elefante engolido por uma jiboia. Aos mostrar o desenho para os adultos todos lhe perguntavam o motivo do rapazinho ter desenhado um ''chapéu''. Após desistir de sua carreira de pintor, nosso narrador virou piloto de avião. E foi numa pouso forçado, no deserto do Saara que ele conheceu o pequeno príncipe.
Então, somos apresentados ao ''pequeno príncipe'' do título. Esta criança de cabelos dourados mora no asteroide B 612, na companhia de sua rosa e pode se gabar por poder admirar o pôr-do-sol várias vezes em poucos segundos, devido ao tamanho de seu planeta. Antes de sua chegada na Terra, o jovem príncipe passou por outros planetas, onde encontrou pessoas autoritárias e cheias de vícios.
'' (...) é por causa das pessoas grandes. Elas adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, as pessoas grandes jamais se interessam em saber como ele realmente é. Não perguntam nunca: Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que coleciona borboletas?. Mas perguntam: Qual é a sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto seu pai ganha?. Somente assim é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos as pessoas grandes: Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado...'', elas não conseguem, de modo algum, fazer uma ideia da casa. É preciso dizer-lhes: Vi uma casa de seiscentos mil reais. Então elas exclamam: Que beleza! (...) Peçam-lhes então que façam as contas. Elas ADORAM os números: ficarão contentes com isso.''
'' - Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.''
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
''MAZE RUNNER - CORRER OU MORRER'', DE JAMES DASHNER
Título original: The Maze Runner
Ano de lançamento original: 2009
Ano de lançamento no Brasil: 2010
Tradução por: Henrique Monteiro
Número de páginas: 426
Editora no Brasil: V&R
LEMBRE. CORRA. SOBREVIVA.
''Ele começou sua nova vida pondo-se de pé...'' Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue se lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho. Quando a caixa metálica chega ao seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por um grupo de garotos. ''Bem-Vindo a Clareira, fedelho.'' A Clareira: um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali. Nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e , à noite, se fecham. E que a cada trinta dias, um novo garoto é entregue pelo elevador. Mas as coisas na Clareira começam a mudar após a chegada de uma garota - a primeira do grupo - que trás consigo uma mensagem enigmática.
Pegando carona nas distopias que viraram sensação do público jovem (vide Jogos Vorazes e Divergente), o autor James Dashner nos presenteia com um livro repleto de ação e aventura, capaz de fazer você perder o fôlego toda vez que virar uma página. Repleto de detalhes, o autor consegue nos transportar para dentro de ''seu universo'', aqui um futuro pós-apocalíptico após a humanidade ter sido afetada por um vírus mortal. A escrita de Dashner é tão ágil e detalhada que você consegue sentir o clima do Labirinto ao seu redor.
O livro foi adaptado para os cinemas (lançado em Setembro de 2014) e foi um grande sucesso de público e crítica. As diferenças entre livro x filme podem ser notadas principalmente da metade da história em direção ao final. Alguns eventos foram modificados para facilitar a narrativa do filme e deixa-lo com um tom um pouco mais realista que o apresentado no livro. Mas ambos acabam chegando a mesma ''conclusão''.
''Maze Runner: Correr ou Morrer'' é o tipo de livro que vai tirar seu sono, e te deixar ansiando pelo próximo volume da série, ''Maze Runner: Prova de Fogo'', já publicado no Brasil. Recomendo!
Ano de lançamento original: 2009
Ano de lançamento no Brasil: 2010
Tradução por: Henrique Monteiro
Número de páginas: 426
Editora no Brasil: V&R
LEMBRE. CORRA. SOBREVIVA.
''Ele começou sua nova vida pondo-se de pé...'' Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue se lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho. Quando a caixa metálica chega ao seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por um grupo de garotos. ''Bem-Vindo a Clareira, fedelho.'' A Clareira: um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali. Nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e , à noite, se fecham. E que a cada trinta dias, um novo garoto é entregue pelo elevador. Mas as coisas na Clareira começam a mudar após a chegada de uma garota - a primeira do grupo - que trás consigo uma mensagem enigmática.
Pegando carona nas distopias que viraram sensação do público jovem (vide Jogos Vorazes e Divergente), o autor James Dashner nos presenteia com um livro repleto de ação e aventura, capaz de fazer você perder o fôlego toda vez que virar uma página. Repleto de detalhes, o autor consegue nos transportar para dentro de ''seu universo'', aqui um futuro pós-apocalíptico após a humanidade ter sido afetada por um vírus mortal. A escrita de Dashner é tão ágil e detalhada que você consegue sentir o clima do Labirinto ao seu redor.
O livro foi adaptado para os cinemas (lançado em Setembro de 2014) e foi um grande sucesso de público e crítica. As diferenças entre livro x filme podem ser notadas principalmente da metade da história em direção ao final. Alguns eventos foram modificados para facilitar a narrativa do filme e deixa-lo com um tom um pouco mais realista que o apresentado no livro. Mas ambos acabam chegando a mesma ''conclusão''.
''Maze Runner: Correr ou Morrer'' é o tipo de livro que vai tirar seu sono, e te deixar ansiando pelo próximo volume da série, ''Maze Runner: Prova de Fogo'', já publicado no Brasil. Recomendo!
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
''PETER PAN - EDIÇÃO COMENTADA E ILUSTRADA'', DE J. M. BARRIE
Título original: Peter Pan or The Boy Who Would not Grow Up
Ano de lançamento original: 1928
Ano de lançamento no Brasil: 2012
Tradução por: Júlia Romeu / Thiago Lins
Número de páginas: 222
Editora no Brasil: Zahar
Ano de lançamento original: 1928
Ano de lançamento no Brasil: 2012
Tradução por: Júlia Romeu / Thiago Lins
Número de páginas: 222
Editora no Brasil: Zahar
‘’Todas as crianças crescem, menos uma.’’ Há mais de cem
anos a história de ‘’Peter Pan’’ vem cativando a imaginação de crianças e
adultos. A história sobre o ‘’menino que não queria crescer’’ já foi
apresentada em vários formatos ao redor do mundo, seja nos palcos, na
televisão e principalmente no cinema. As
adaptações mais conhecidas são dos filmes ‘’Os Garotos Perdidos’’ (1987) do
diretor Joel Schumacher, ‘’Hook – A Volta do Capitão Gancho’’ (1991) do diretor
Steve Spielberg, ‘’Peter Pan’’ (2003) de P.J Hogan e o clássico animado do
estúdio Disney, ‘’Peter Pan’’ lançado em 1953 – esta talvez, a adaptação mais
conhecida.
Foram tantas adaptações que cheguei a pensar que nunca
leria a versão ‘’oficial’’ escrita pelo escocês J.M Barrie no começo de 1.900
para ser apresentada no teatro, mas, eis que em 2012 a editora Zahar lançou uma
bela edição comentada e ilustrada do clássico contendo seu texto integral. A
edição possui uma ótima introdução pela escritora e roteirista Flávia Lins e
Silva, que se empenhou para unir as ‘’pontas soltas’’ da obra, nos apresentando
vários detalhes que talvez, passariam despercebidos numa primeira leitura. O
livro ainda possui algumas notas de rodapé, onde é possível descobrir algumas
curiosidades relacionadas aos nomes, cenários e acontecimentos da Terra do
Nunca. Já se perguntou o porque a Terra do Nunca tem esse nome? Ou porque o
endereço para chegar até lá é ‘’seguir a segunda estrela até o amanhã’’? De
onde veio o nome Peter Pan? Ou mesmo da nossa querida Wendy? Sim! Você terá
todas estas respostas lendo as notas de rodapé desta edição.
‘’James Barrie nasceu em Kirremuir, na Escócia, em 9 de
Maio de 1860. Era um garoto delicado, baixinho, o caçula de três irmãos. Em
1867, um desses irmãos – David, sofreu um acidente de patins, quebrou a cabeça
e morreu. Esta fatalidade iria marcar o pequeno Jamie para sempre. De certa
forma, David ficou na imaginação de James como um menino que nunca chegou a
crescer.’’ – introdução de Flávia Lins e Silva.
O autor se formou na Universidade de Edimburgo e começou
trabalhando como jornalista. Seu passatempo favorito era visitar o Kensington
Gardens na companhia de seu cachorro Porthos – foi num desses passeios que o
autor conheceu a família Davies, cujos filhos tiveram forte influência na
escrita do autor. Mais sobre a relação de Barrie com a família Davies, pode ser
vista no belíssimo filme ‘’Em Busca da Terra do Nunca’’ do diretor Marc Forster
lançado em 2004.
sexta-feira, 31 de julho de 2015
''O TEOREMA KATHERINE'', DO JOHN GREEN
Título original: An Abundance of Katherines
Ano de lançamento original: 2006
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Tradução por: Renata Pettengill
Número de páginas: 302
Editora no Brasil: Intrínseca
Neste livro do autor John Green (conhecido por seus famosos livros young adults) conhecemos o Colin, um jovem nerd que sabe vários idiomas, participa de acampamentos de estudos e até de programas para jovens superdotados (já repararam como a maioria dos protagonistas do John Green tem quase o mesmo perfil? são todos nerds!). E ao longo da vida - sua jovem vida, na verdade - ele namorou nada menos que 19 Katherines, sim, DEZENOVE! Mas elas não poderiam ser Caterines, Katerines, Catherines ou Kattherines... elas precisavam ser K-A-T-H-E-R-I-N-E-S. E todas elas terminaram com ele!
Apesar de Colin ser um rapaz muito estudioso ele se cobra muito por isso. Ele está disposto a ser o melhor. Até que num belo dia, ele, e seu melhor amigo Hassan decidem cair na estrada e fazer uma road trip para ''respirar novos ares''. Porém, essa road trip acaba não acontecendo, já que Colin e Hassan acabam parando logo na primeira cidade, onde eles conhecem a Lindsey, cuja a mãe possui uma fabrica ali nas redondezas e acaba arrumando um trabalho temporário para os rapazes.
Enquanto Colin está nessa cidadezinha rural ele começa a desenvolver um teorema (baseado em suas experiências com todas as dezenove Katherines) capaz que prever quando os relacionamentos vão terminar. Acreditem ou não, mas este teorema existe de verdade! e ele está presente nos apêndices do livro.
Os personagens de ''O Teorema Katherine'', assim como todos os livros do autor, são muito cativantes. E é inevitável você se lembrar de uma coisinha ou outra presente nos outros livros do Green. Como já mencionado acima, o protagonista mais uma vez é um jovem nerd que tem medo de ser esquecido, aí ele conhece uma garota que passa o livro tentando mudar seu ponto de vista. Infelizmente ''O teorema Katherine'' foi o livro que eu menos gostei do John Green - não que ele seja ruim - mas, na verdade, poucas coisas acontecem neste livro, acredito que muita coisa teria de ser alterada para o livro ganhar as telas de cinemas, por ''problemas'' no ritmo.
Se você é fã do autor, recomendo a leitura, mate sua curiosidade e prometo que apesar dos altos e baixos a histórias tem seus momentos divertidos.
''Estávamos na rua Giddings e a neve fazia ficar tudo tão silencioso... Eu não conseguia ouvir mais nada no mundo além de você. E, naquele momento, estava tão frio e tão silencioso... E eu te amava tanto. Agora está calor e muito quieto de novo. E eu ainda te amo.''
Ano de lançamento original: 2006
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Tradução por: Renata Pettengill
Número de páginas: 302
Editora no Brasil: Intrínseca
Neste livro do autor John Green (conhecido por seus famosos livros young adults) conhecemos o Colin, um jovem nerd que sabe vários idiomas, participa de acampamentos de estudos e até de programas para jovens superdotados (já repararam como a maioria dos protagonistas do John Green tem quase o mesmo perfil? são todos nerds!). E ao longo da vida - sua jovem vida, na verdade - ele namorou nada menos que 19 Katherines, sim, DEZENOVE! Mas elas não poderiam ser Caterines, Katerines, Catherines ou Kattherines... elas precisavam ser K-A-T-H-E-R-I-N-E-S. E todas elas terminaram com ele!
Apesar de Colin ser um rapaz muito estudioso ele se cobra muito por isso. Ele está disposto a ser o melhor. Até que num belo dia, ele, e seu melhor amigo Hassan decidem cair na estrada e fazer uma road trip para ''respirar novos ares''. Porém, essa road trip acaba não acontecendo, já que Colin e Hassan acabam parando logo na primeira cidade, onde eles conhecem a Lindsey, cuja a mãe possui uma fabrica ali nas redondezas e acaba arrumando um trabalho temporário para os rapazes.
Enquanto Colin está nessa cidadezinha rural ele começa a desenvolver um teorema (baseado em suas experiências com todas as dezenove Katherines) capaz que prever quando os relacionamentos vão terminar. Acreditem ou não, mas este teorema existe de verdade! e ele está presente nos apêndices do livro.
Os personagens de ''O Teorema Katherine'', assim como todos os livros do autor, são muito cativantes. E é inevitável você se lembrar de uma coisinha ou outra presente nos outros livros do Green. Como já mencionado acima, o protagonista mais uma vez é um jovem nerd que tem medo de ser esquecido, aí ele conhece uma garota que passa o livro tentando mudar seu ponto de vista. Infelizmente ''O teorema Katherine'' foi o livro que eu menos gostei do John Green - não que ele seja ruim - mas, na verdade, poucas coisas acontecem neste livro, acredito que muita coisa teria de ser alterada para o livro ganhar as telas de cinemas, por ''problemas'' no ritmo.
Se você é fã do autor, recomendo a leitura, mate sua curiosidade e prometo que apesar dos altos e baixos a histórias tem seus momentos divertidos.
''Estávamos na rua Giddings e a neve fazia ficar tudo tão silencioso... Eu não conseguia ouvir mais nada no mundo além de você. E, naquele momento, estava tão frio e tão silencioso... E eu te amava tanto. Agora está calor e muito quieto de novo. E eu ainda te amo.''
segunda-feira, 27 de julho de 2015
''UM DIA'', DE DAVID NICHOLLS
Título original: One Day
Ano de lançamento original: 2009
Ano de lançamento no Brasil: 2011
Tradução por: Claudio Carina
Número de páginas: 411
Editora no Brasil: Intrínseca
''Para que servem os dias?
Dias são onde vivemos.
Eles vêm, nos acordam
Um depois do outro.
Servem para a gente ser feliz:
Onde podemos viver senão neles?'' - Philip Larkin, ''Days''
15 DE JULHO DE 1988 - Emma e Dexter resolveram passar a noite juntos após a festa de formatura. Amanhã eles seguirão caminhos diferentes. Mas onde estarão nesse mesmo dia nos próximos anos?
Anos se passam e Emma e Dex levam vidas isoladas - completamente diferente do que eles sonhavam. Mas nenhum dos dois conseguiu esquecer aquele primeiro encontro no dia 15 de julho. A partir daí o autor David Nicholls nos guia por vinte anos na vida desses dois personagens, todos narrados no dia 15 de julho!
Ano de lançamento original: 2009
Ano de lançamento no Brasil: 2011
Tradução por: Claudio Carina
Número de páginas: 411
Editora no Brasil: Intrínseca
''Para que servem os dias?
Dias são onde vivemos.
Eles vêm, nos acordam
Um depois do outro.
Servem para a gente ser feliz:
Onde podemos viver senão neles?'' - Philip Larkin, ''Days''
15 DE JULHO DE 1988 - Emma e Dexter resolveram passar a noite juntos após a festa de formatura. Amanhã eles seguirão caminhos diferentes. Mas onde estarão nesse mesmo dia nos próximos anos?
Anos se passam e Emma e Dex levam vidas isoladas - completamente diferente do que eles sonhavam. Mas nenhum dos dois conseguiu esquecer aquele primeiro encontro no dia 15 de julho. A partir daí o autor David Nicholls nos guia por vinte anos na vida desses dois personagens, todos narrados no dia 15 de julho!
quinta-feira, 23 de julho de 2015
''PONTE PARA TERABÍTIA'', DE KATHERINE PATERSON
Título original: Bridge To Terabithia
Ano de lançamento original: 1977
Ano de lançamento no Brasil: 2006
Tradução de: Ana Maria Machado
Número de páginas: 160
Editora no Brasil: Salamandra
''Escrevi este livro para meu filho
David Paterson, mas depois que
ele o leu pediu que eu pusesse o nome da Lisa
também nesta página, e estou pondo.
Para David Paterson e Lisa Hill, banzai.''
Eu já comentei em algum outro post aqui no blog o quanto fico ''encafifado'' (vocês conhecem essa palavra? haha) com os nomes mencionados nas dedicatórias dos livros. Eu corro para o Google e começo a investigar aqueles nomes, tento conhecer um pouquinho mais sobre essas pessoas que mereceram ter seus nomes estampados antes da história começar. E fico feliz em saber que essas pessoalmente realmente existiram e que - de alguma forma, serviram de ''inspiração'' para determinada história.
Eu queria lhes contar mais sobre o que descobri sobre a Lisa Hill aqui, mas, não conseguiria fazer isso sem acabar dando algum SPOILER sobre o livro. O que vocês precisam (precisam mesmo?) por enquanto é que o David Paterson citado era filho da autora que escreveu este belíssimo livro chamado ''Ponte para Terabítia'', o livro foi escrito na forma de consolar a dor do filho quando ele tinha apenas oito anos de idade. No final desta resenha eu resolvi incluir um link (para quem entende inglês e for curioso, assim como eu) onde vocês poderão conhecer um pouquinho mais sobre Lisa Hill e como ela serviu de inspiração para este livro!
Eu conheci ''Ponte para Terabítia'' através de um amigo, que me emprestou o DVD do filme (lançado em 2007) quando eu estava entrando para o Ensino Médio. Resolvi tirar uma tarde para assistir o longa sem grandes expectativas, e quando começaram os créditos finais eu tinha certeza que levaria aquela história comigo para o resto da vida. Não estou dizendo que este seja O MELHOR FILME QUE EXISTE NO MUNDO, mas ele trás uma mensagem muito bonita sobre amizade, amor, infância e fidelidade.
Anos mais tarde eu tive a oportunidade de ler o livro escrito pela americana Katherine Paterson e passei a recomenda-lo para crianças que estão pensando em começar a se aventurar no mundo dos livros, já que a escrita de Paterson é fácil e ágil - recomendo o livro mesmo para aqueles que tem um inglês básico/intermediário já que a escrita é bem simples.
''Ponte para Terabítia'' começa nos apresentando o protagonista Jess Aarons, um menino que está cursando a quinta série e é o corredor mais rápido da turma. Ele mora com sua família bem pobre no interior dos Estados Unidos e passa suas tardes treinando corrida por entre os campos de sua casa. Só tem uma coisa que Jess ama mais do que correr e desenhar: sua professora de música, Miss Edmunds por quem Jess tem uma paixão platônica. Para dizer a verdade, Jess não tem amigos, e suas irmãs e colegas de sala passam a maior parte do tempo ''pegando no seu pé''.
Até que Jess conhece Leslie Burke, sua nova colega de sala que acabou de chegar de uma cidade grande para desfrutar dos prazeres da vida no campo (segundo seus pais) e tem um grande talento para corrida, assim como Jess. Mas a maior qualidade de Leslie é sua imaginação, filha de pais escritores a menina vive no ''mundo da lua''. Um dia, enquanto brincavam perto de um riacho seco, Leslie e Jess encontram uma velha macieira com uma corda amarrada e Leslie - afim de estimular o lado criativo de Jess - explica que aquela é uma ''corda mágica'', que pode leva-los à um outro mundo: Terabítia.
P.S: Leslie era muito fã dos livros de C.S.Lewis, acredito que o nome Terabítia tenha vindo do nome Terebínthia, uma ilha de Nárnia citada no livro ''A Viagem do Peregrino da Alvorada'' (resenha deste livro aqui)
'' - Feche os olhos, mas deixe a mente bem aberta.''
A partir de então Leslie e Jess começam a se aventurar neste mundo criado por eles do outro lado do riacho, um mundo mágico onde eles possam fugir dos maus tratos dos colegas e da dura realidade vivida pela família de ambos.
A história apesar de bem simples é bonita e tocante, nos faz relembrar as brincadeiras de criança e refletir sobre temas universais. Tanto o livro quanto o filme são cheio de detalhes subliminares, onde você pode tirar várias interpretações.
Segue neste link a verdadeira história por trás do livro (arquivo PDF em inglês) que me cativou tanto.
''Mas depois que o cavaleiro ficasse lá por algum tempo, e estivesse mais forte, era preciso que seguisse adiante. (...) Agora era a hora de ele seguir em frente, Leslie não estava mais ali, então Jess tinha que continuar pelos dois. Era a vez dele devolver ao mundo, em beleza e carinho, o que Leslie lhe emprestara em visão e força.''
Ano de lançamento original: 1977
Ano de lançamento no Brasil: 2006
Tradução de: Ana Maria Machado
Número de páginas: 160
Editora no Brasil: Salamandra
''Escrevi este livro para meu filho
David Paterson, mas depois que
ele o leu pediu que eu pusesse o nome da Lisa
também nesta página, e estou pondo.
Para David Paterson e Lisa Hill, banzai.''
Eu já comentei em algum outro post aqui no blog o quanto fico ''encafifado'' (vocês conhecem essa palavra? haha) com os nomes mencionados nas dedicatórias dos livros. Eu corro para o Google e começo a investigar aqueles nomes, tento conhecer um pouquinho mais sobre essas pessoas que mereceram ter seus nomes estampados antes da história começar. E fico feliz em saber que essas pessoalmente realmente existiram e que - de alguma forma, serviram de ''inspiração'' para determinada história.
Eu queria lhes contar mais sobre o que descobri sobre a Lisa Hill aqui, mas, não conseguiria fazer isso sem acabar dando algum SPOILER sobre o livro. O que vocês precisam (precisam mesmo?) por enquanto é que o David Paterson citado era filho da autora que escreveu este belíssimo livro chamado ''Ponte para Terabítia'', o livro foi escrito na forma de consolar a dor do filho quando ele tinha apenas oito anos de idade. No final desta resenha eu resolvi incluir um link (para quem entende inglês e for curioso, assim como eu) onde vocês poderão conhecer um pouquinho mais sobre Lisa Hill e como ela serviu de inspiração para este livro!
Eu conheci ''Ponte para Terabítia'' através de um amigo, que me emprestou o DVD do filme (lançado em 2007) quando eu estava entrando para o Ensino Médio. Resolvi tirar uma tarde para assistir o longa sem grandes expectativas, e quando começaram os créditos finais eu tinha certeza que levaria aquela história comigo para o resto da vida. Não estou dizendo que este seja O MELHOR FILME QUE EXISTE NO MUNDO, mas ele trás uma mensagem muito bonita sobre amizade, amor, infância e fidelidade.
Anos mais tarde eu tive a oportunidade de ler o livro escrito pela americana Katherine Paterson e passei a recomenda-lo para crianças que estão pensando em começar a se aventurar no mundo dos livros, já que a escrita de Paterson é fácil e ágil - recomendo o livro mesmo para aqueles que tem um inglês básico/intermediário já que a escrita é bem simples.
''Ponte para Terabítia'' começa nos apresentando o protagonista Jess Aarons, um menino que está cursando a quinta série e é o corredor mais rápido da turma. Ele mora com sua família bem pobre no interior dos Estados Unidos e passa suas tardes treinando corrida por entre os campos de sua casa. Só tem uma coisa que Jess ama mais do que correr e desenhar: sua professora de música, Miss Edmunds por quem Jess tem uma paixão platônica. Para dizer a verdade, Jess não tem amigos, e suas irmãs e colegas de sala passam a maior parte do tempo ''pegando no seu pé''.
Até que Jess conhece Leslie Burke, sua nova colega de sala que acabou de chegar de uma cidade grande para desfrutar dos prazeres da vida no campo (segundo seus pais) e tem um grande talento para corrida, assim como Jess. Mas a maior qualidade de Leslie é sua imaginação, filha de pais escritores a menina vive no ''mundo da lua''. Um dia, enquanto brincavam perto de um riacho seco, Leslie e Jess encontram uma velha macieira com uma corda amarrada e Leslie - afim de estimular o lado criativo de Jess - explica que aquela é uma ''corda mágica'', que pode leva-los à um outro mundo: Terabítia.
P.S: Leslie era muito fã dos livros de C.S.Lewis, acredito que o nome Terabítia tenha vindo do nome Terebínthia, uma ilha de Nárnia citada no livro ''A Viagem do Peregrino da Alvorada'' (resenha deste livro aqui)
'' - Feche os olhos, mas deixe a mente bem aberta.''
A partir de então Leslie e Jess começam a se aventurar neste mundo criado por eles do outro lado do riacho, um mundo mágico onde eles possam fugir dos maus tratos dos colegas e da dura realidade vivida pela família de ambos.
A história apesar de bem simples é bonita e tocante, nos faz relembrar as brincadeiras de criança e refletir sobre temas universais. Tanto o livro quanto o filme são cheio de detalhes subliminares, onde você pode tirar várias interpretações.
Segue neste link a verdadeira história por trás do livro (arquivo PDF em inglês) que me cativou tanto.
''Mas depois que o cavaleiro ficasse lá por algum tempo, e estivesse mais forte, era preciso que seguisse adiante. (...) Agora era a hora de ele seguir em frente, Leslie não estava mais ali, então Jess tinha que continuar pelos dois. Era a vez dele devolver ao mundo, em beleza e carinho, o que Leslie lhe emprestara em visão e força.''
sexta-feira, 17 de julho de 2015
''A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA'', DE WASHINGTON IRVINE
Título original: The Legend of Sleepy Hallow
Ano de lançamento original: 1820
Ano de lançamento no Brasil: 2011
Tradução por: Santiago Nazarian
Número de páginas: 66
Editora no Brasil: LeYa
''A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça'' se passa por volta de 1790, numa vila afasta de Nova York chamada Sleepy Hallow. Lá conhecemos o professor Ichabod Crane, um homem magro, supersticioso e de boa lábia que está tentando chamar a atenção da jovem e bela Katrina Van Tassel, filha de um fazendeiro rico da região. Mas Ichabod não é o único a encantar pela jovem donzela, já que o valente e forte Abraham "Brom Bones" Van Brunt também está disputando a mão da jovem. Quando Crane deixa uma festa na casa dos Van Tassel numa noite de outono, é perseguido pelo "Cavaleiro sem Cabeça", um suposto fantasma de um soldado "Hesseno" (germânico) que tinha tido a cabeça arrancada por uma bala de canhão durante uma "batalha sem nome" da Revolução Americana.
Contar mais do que isso, seria estragar o enredo do livro, já que o mesmo possui apenas 66 páginas (na edição brasileira). Eu realmente estava esperando um conto muito mais detalhado.
Ao longo dos anos, o livro foi adaptado de diversas formas para a TV, cinema e teatros, mas acredito que a versão mais fiel ao livro seja a animação da Disney (sim da Disney!) lançada no final de 1949 chamada ''Ichabod e o Sr. Sapo''. Eu li o livro com essa animação em mente, pois ela parece seguir linha por linha do livro de Irvine. Outra adaptação conhecida no cinema (talvez a mais conhecida) seja o filme de 1999 do diretor Tim Burton estrelado por Johnny Depp e Christina Ricci. Particularmente, eu prefiro a versão cinematográfica (de 1999) do que a própria obra escrita, já que a versão de Burton trás muitos detalhes que não aparecem no livro, tal como a própria origem do Cavaleiro Sem Cabeça.
Essa edição ilustrada da LeYa lançada em 2011 trás belíssimas artes de Walter Pax, que se assemelham (e muito) com o visual do filme de Tim Burton. Fica a dica!
Ano de lançamento original: 1820
Ano de lançamento no Brasil: 2011
Tradução por: Santiago Nazarian
Número de páginas: 66
Editora no Brasil: LeYa
''A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça'' se passa por volta de 1790, numa vila afasta de Nova York chamada Sleepy Hallow. Lá conhecemos o professor Ichabod Crane, um homem magro, supersticioso e de boa lábia que está tentando chamar a atenção da jovem e bela Katrina Van Tassel, filha de um fazendeiro rico da região. Mas Ichabod não é o único a encantar pela jovem donzela, já que o valente e forte Abraham "Brom Bones" Van Brunt também está disputando a mão da jovem. Quando Crane deixa uma festa na casa dos Van Tassel numa noite de outono, é perseguido pelo "Cavaleiro sem Cabeça", um suposto fantasma de um soldado "Hesseno" (germânico) que tinha tido a cabeça arrancada por uma bala de canhão durante uma "batalha sem nome" da Revolução Americana.
Contar mais do que isso, seria estragar o enredo do livro, já que o mesmo possui apenas 66 páginas (na edição brasileira). Eu realmente estava esperando um conto muito mais detalhado.
Ao longo dos anos, o livro foi adaptado de diversas formas para a TV, cinema e teatros, mas acredito que a versão mais fiel ao livro seja a animação da Disney (sim da Disney!) lançada no final de 1949 chamada ''Ichabod e o Sr. Sapo''. Eu li o livro com essa animação em mente, pois ela parece seguir linha por linha do livro de Irvine. Outra adaptação conhecida no cinema (talvez a mais conhecida) seja o filme de 1999 do diretor Tim Burton estrelado por Johnny Depp e Christina Ricci. Particularmente, eu prefiro a versão cinematográfica (de 1999) do que a própria obra escrita, já que a versão de Burton trás muitos detalhes que não aparecem no livro, tal como a própria origem do Cavaleiro Sem Cabeça.
Essa edição ilustrada da LeYa lançada em 2011 trás belíssimas artes de Walter Pax, que se assemelham (e muito) com o visual do filme de Tim Burton. Fica a dica!
sábado, 27 de junho de 2015
''E O VENTO LEVOU - VOLUME 1'', DE MARGARETH MITCHELL
Título original: Gone with the Wind Vol. I
Ano de lançamento original: 1936
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Tradução de: Marilene Tombini
Número de páginas: 527
Editora no Brasil: Record/BestBolso
''E o vento Levou'' é um clássico da literatura americana, sendo o único romance publicado em vida pela autora Margareth Mitchell em 1936. O livro inspirou o filme de mesmo nome, lançado em 1939 se tornando grande sucesso de público e crítica e aclamado como um dos melhores filmes de todos os tempos até hoje.
A trama começa nos apresentando a protagonista Scarlett O'Hara, jovem bela e mimada que vive com sua família na fazenda Tara, no estado da Geórgia em 1861. A sangrenta Guerra Civil estava prestes a estourar, mas a jovem Scarlett só queria saber de conforto, ser cortejada pelos cavalheiros e apreciar seus vestidos. Apenas uma pessoa importava mais do que isso para Scarlett, seu nome: Ashley Wilkes - seu amor platônico.
Os Wilkes tinham uma fazenda próxima a Tara, e Scarlett nunca mediu esforços para tentar conquistar o jovem Ashley - mas os Wilkes tinham uma antiga tradição, a de se casarem com suas primas. O mundo de Scarlett se torna cinza no dia que ela descobre o noivado entre Ashley e sua prima Melanie.
Com o anúncio oficial da Guerra Civil, todos os homens partem rumo ao norte, onde lutarão contra os temíveis Ianques nas fronteiras de Atlanta - após descobrir do casamento entre Ashley e Melanie, Scarlett decide se casar com o primeiro cavalheiro que lhe pedir sua mão, na esperança da situação surtir algum efeito emocional em Ashley, que deixa sua esposa Melanie para trás e parte rumo ao norte, deixando a esposa e a sonhadora Scarlett desamparadas.

'' - Não existe nada como a nossa terra.''
Alguns meses se passam, e Scarlett - agora viúva e com um filho - acaba conhecendo o aventureiro Rhett Butler, homem rico que viaja pelo mundo e parece não apreciar muito o estilo de vida sulista. Logo, Scarlett e Rhett se veem no meio de uma relação de amor e ódio, pois apesar de todo o charme de Rhett, Ashley não sai dos pensamentos de Scarlett.
Na tentativa de animar sua filha do luto (de um falso luto na verdade, já que Scarlett nunca sentiu amor verdadeiro por seu falecido marido), sua mãe Ellen decide mandar a filha para a movimentada cidade de Atlanta, casa de Melanie, esposa de Ashley. O que nossa protagonista não esperava era se afeiçoar tanto a Melanie, e muitas vezes se sentir culpada por amar seu marido, que segundo boatos, foi capturado na guerra e está num cativeiro próximo a Chicago.
''Não temo o perigo, a captura, os ferimentos, nem mesmo a morte - se ela tiver de vir. O que realmente me amedronta é que, quando esta guerra acabar, nunca mais consigamos voltar aos velhos tempos. E meu lugar é lá, nesses velhos tempos. (...) Se vencermos e tivermos o Reino do Algodão de nossos sonhos, ainda sim teremos perdido, pois nos tornaremos outras pessoas...''
Com a guerra se aproximando cada vez mais de Atlanta, Scarlett se vê numa encruzilhada de emoções, mas apesar de todos os conflitos, a imagem de Ashley continua em sua mente. Ligada por uma promessa, Scarlett acaba ajudando Melanie em sua sofrida gravidez, enquanto Rhett lhe envia dúzias de presentes para tentar conquistar seu coração e uma parte de si teme que a guerra consiga chegar em Tara e afetar toda sua família.
''A única coisa que não mudara era seu sentimento por Tara. Sempre que chegava cansada, caminhando pelos campos, e via a ampla casa branca seu coração inflava de alegria por estar chegando em casa. Nunca olhava pela janela as pastagens verdejantes, os campos de terra vermelha e o emaranhado da densa floresta sem que uma sensação de beleza a preenchesse. Seu amor por aquela terra com suas suaves colinas de solo encarnado, aquela bela terra vermelha, cor de sangue, de granada, de pó de tijolo, escarlate (...) não mudara, enquanto todo o resto estava mudando. (...) Quando olhava para Tara, ela conseguia entender - em partes - o por que se tratavam as guerras. Rhett estava errado em dizer que as guerras eram travadas por dinheiro. Não, eram travadas por hectares volumosos, amaciados pelo arado, por pastagens verdes de capim cultivado, por rios preguiçosos e casas brancas frescas entre as magnólias.''
''E o vento Levou'' acabou de se tornar um dos meus livros favoritos, fiquei apaixonado pela escrita detalhista e emotiva de Mitchell que consegue nos prender ao longo das páginas. Todo o contexto histórico da Guerra Civil está ali, inundado com uma ótima dose de romance. Mal posso esperar para ler o ''Volume 2''.
''Via as coisas com novos olhos, pois, em algum ponto ao longo da estrada para Tara, ela abandonara sua infância. Já não era como o barro moldável, no qual cada nova experiência deixava uma marca. O barro endurecera em algum momento desse dia que durara mil anos. Essa noite era a última vez que ela seria cuidada como uma criança. Agora era uma mulher feita, e a juventude ficara para trás.''
Ano de lançamento original: 1936
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Tradução de: Marilene Tombini
Número de páginas: 527
Editora no Brasil: Record/BestBolso
''E o vento Levou'' é um clássico da literatura americana, sendo o único romance publicado em vida pela autora Margareth Mitchell em 1936. O livro inspirou o filme de mesmo nome, lançado em 1939 se tornando grande sucesso de público e crítica e aclamado como um dos melhores filmes de todos os tempos até hoje.
A trama começa nos apresentando a protagonista Scarlett O'Hara, jovem bela e mimada que vive com sua família na fazenda Tara, no estado da Geórgia em 1861. A sangrenta Guerra Civil estava prestes a estourar, mas a jovem Scarlett só queria saber de conforto, ser cortejada pelos cavalheiros e apreciar seus vestidos. Apenas uma pessoa importava mais do que isso para Scarlett, seu nome: Ashley Wilkes - seu amor platônico.
Os Wilkes tinham uma fazenda próxima a Tara, e Scarlett nunca mediu esforços para tentar conquistar o jovem Ashley - mas os Wilkes tinham uma antiga tradição, a de se casarem com suas primas. O mundo de Scarlett se torna cinza no dia que ela descobre o noivado entre Ashley e sua prima Melanie.
Com o anúncio oficial da Guerra Civil, todos os homens partem rumo ao norte, onde lutarão contra os temíveis Ianques nas fronteiras de Atlanta - após descobrir do casamento entre Ashley e Melanie, Scarlett decide se casar com o primeiro cavalheiro que lhe pedir sua mão, na esperança da situação surtir algum efeito emocional em Ashley, que deixa sua esposa Melanie para trás e parte rumo ao norte, deixando a esposa e a sonhadora Scarlett desamparadas.

'' - Não existe nada como a nossa terra.''
Alguns meses se passam, e Scarlett - agora viúva e com um filho - acaba conhecendo o aventureiro Rhett Butler, homem rico que viaja pelo mundo e parece não apreciar muito o estilo de vida sulista. Logo, Scarlett e Rhett se veem no meio de uma relação de amor e ódio, pois apesar de todo o charme de Rhett, Ashley não sai dos pensamentos de Scarlett.
Na tentativa de animar sua filha do luto (de um falso luto na verdade, já que Scarlett nunca sentiu amor verdadeiro por seu falecido marido), sua mãe Ellen decide mandar a filha para a movimentada cidade de Atlanta, casa de Melanie, esposa de Ashley. O que nossa protagonista não esperava era se afeiçoar tanto a Melanie, e muitas vezes se sentir culpada por amar seu marido, que segundo boatos, foi capturado na guerra e está num cativeiro próximo a Chicago.
''Não temo o perigo, a captura, os ferimentos, nem mesmo a morte - se ela tiver de vir. O que realmente me amedronta é que, quando esta guerra acabar, nunca mais consigamos voltar aos velhos tempos. E meu lugar é lá, nesses velhos tempos. (...) Se vencermos e tivermos o Reino do Algodão de nossos sonhos, ainda sim teremos perdido, pois nos tornaremos outras pessoas...''
Com a guerra se aproximando cada vez mais de Atlanta, Scarlett se vê numa encruzilhada de emoções, mas apesar de todos os conflitos, a imagem de Ashley continua em sua mente. Ligada por uma promessa, Scarlett acaba ajudando Melanie em sua sofrida gravidez, enquanto Rhett lhe envia dúzias de presentes para tentar conquistar seu coração e uma parte de si teme que a guerra consiga chegar em Tara e afetar toda sua família.
''A única coisa que não mudara era seu sentimento por Tara. Sempre que chegava cansada, caminhando pelos campos, e via a ampla casa branca seu coração inflava de alegria por estar chegando em casa. Nunca olhava pela janela as pastagens verdejantes, os campos de terra vermelha e o emaranhado da densa floresta sem que uma sensação de beleza a preenchesse. Seu amor por aquela terra com suas suaves colinas de solo encarnado, aquela bela terra vermelha, cor de sangue, de granada, de pó de tijolo, escarlate (...) não mudara, enquanto todo o resto estava mudando. (...) Quando olhava para Tara, ela conseguia entender - em partes - o por que se tratavam as guerras. Rhett estava errado em dizer que as guerras eram travadas por dinheiro. Não, eram travadas por hectares volumosos, amaciados pelo arado, por pastagens verdes de capim cultivado, por rios preguiçosos e casas brancas frescas entre as magnólias.''
''E o vento Levou'' acabou de se tornar um dos meus livros favoritos, fiquei apaixonado pela escrita detalhista e emotiva de Mitchell que consegue nos prender ao longo das páginas. Todo o contexto histórico da Guerra Civil está ali, inundado com uma ótima dose de romance. Mal posso esperar para ler o ''Volume 2''.
''Via as coisas com novos olhos, pois, em algum ponto ao longo da estrada para Tara, ela abandonara sua infância. Já não era como o barro moldável, no qual cada nova experiência deixava uma marca. O barro endurecera em algum momento desse dia que durara mil anos. Essa noite era a última vez que ela seria cuidada como uma criança. Agora era uma mulher feita, e a juventude ficara para trás.''
terça-feira, 16 de junho de 2015
''UMA CURVA NA ESTRADA'', DO NICHOLAS SPARKS
Título original: A Bend in the Road
Ano de lançamento original: 2001
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Tradução de: Fernanda Abreu
Número de páginas: 303
Editora no Brasil: Arqueiro
''Onde de fato se começa uma história? Na vida, são raros os inícios bem marcados, aqueles instantes dos quais um dia podemos dizer: Foi ali que tudo começou. Mas às vezes o destino cruza nosso caminho e inicia uma sequência de acontecimentos que levam a um desfecho imprevisível.''
''Uma Curva na Estrada'' foi um dos primeiros livros publicados do autor Nicholas Sparks - aqui ele conta a história do subxerife Miles Ryan, que perdeu a fé na vida depois que sua amada esposa faleceu num acidente. Missy tinha sido sua melhor amiga, namorada de escola e mãe carinhosa, mas tudo isso mudou depois que ela decidiu sair para correr e não voltou mais.
Além de enfrentar todo o sofrimento da perda, Miles se sente culpado por não ter descoberto o motorista que atropelou sua jovem esposa sem prestar socorro. Dois longos anos depois, Miles anseia levar o criminoso para a justiça. E é quando ele conhece a professora de seu filho - Sarah que acabou de se mudar para a cidade em busca de um recomeço após o divórcio.
Após começar a dar aulas para Jonah - filho de Miles - ela acaba se aproximando da família e ficando encantada com o jeito do pai do aluno. Mas, nem Sarah nem Miles tem ideia de que um segredo que os une os obrigará a tomar uma difícil decisão, que mudará suas vidas para sempre.
Famoso por suas histórias de amor, Nicholas Sparks trás ao leitor uma história sobre escolhas e recomeço. Mas acima de tudo, ele nos ensina que, quando buscamos o amor, primeiro é preciso nos perdoar. ''Uma Curva na Estrada'' está longe de se tornar um dos romances mais memoráveis do autor, mas, tem lá um certo charme.
Ano de lançamento original: 2001
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Tradução de: Fernanda Abreu
Número de páginas: 303
Editora no Brasil: Arqueiro
''Onde de fato se começa uma história? Na vida, são raros os inícios bem marcados, aqueles instantes dos quais um dia podemos dizer: Foi ali que tudo começou. Mas às vezes o destino cruza nosso caminho e inicia uma sequência de acontecimentos que levam a um desfecho imprevisível.''
''Uma Curva na Estrada'' foi um dos primeiros livros publicados do autor Nicholas Sparks - aqui ele conta a história do subxerife Miles Ryan, que perdeu a fé na vida depois que sua amada esposa faleceu num acidente. Missy tinha sido sua melhor amiga, namorada de escola e mãe carinhosa, mas tudo isso mudou depois que ela decidiu sair para correr e não voltou mais.
Além de enfrentar todo o sofrimento da perda, Miles se sente culpado por não ter descoberto o motorista que atropelou sua jovem esposa sem prestar socorro. Dois longos anos depois, Miles anseia levar o criminoso para a justiça. E é quando ele conhece a professora de seu filho - Sarah que acabou de se mudar para a cidade em busca de um recomeço após o divórcio.
Após começar a dar aulas para Jonah - filho de Miles - ela acaba se aproximando da família e ficando encantada com o jeito do pai do aluno. Mas, nem Sarah nem Miles tem ideia de que um segredo que os une os obrigará a tomar uma difícil decisão, que mudará suas vidas para sempre.
Famoso por suas histórias de amor, Nicholas Sparks trás ao leitor uma história sobre escolhas e recomeço. Mas acima de tudo, ele nos ensina que, quando buscamos o amor, primeiro é preciso nos perdoar. ''Uma Curva na Estrada'' está longe de se tornar um dos romances mais memoráveis do autor, mas, tem lá um certo charme.
terça-feira, 19 de maio de 2015
''MAX E OS FELINOS'', DE MOACYR SCLIAR
Nacional
Ano de lançamento original: 1981
Número de páginas: 121
Editora no Brasil: L&PM Pocket
O livro nacional ''Max e os Felinos'' foi lançado originalmente em 1981, eis que 21 anos depois foi lançado no meio de uma polêmica sobre plágio. Isso tudo, após o lançamento do livro ''As Aventuras de Pi'' do canadense Yann Martel em 2002, que teria se ''inspirado'' na obra de ''Max e os Felinos'' para criar a base de seu texto. Comecei a ler esta obra de Moacyr Scliar com muita curiosidade, pois sou apaixonado pelo filme ''As Aventuras de Pi'' - embora ainda não tenha lido o livro para trazer aqui mais comparações. Mas afinal, ''Pi'' e ''Max'' são mesmo MUITO parecidos?
Max é um jovem rapaz alemão que passou a vida toda vivendo sob a autoridade do pai, que tinha uma loja chamada ''Ao Tigre de Bengala'', onde a atração principal era um tigre empalhado que ele próprio caçara alguns anos atrás. Max sempre teve medo daquela imagem do tigre.
Ao fim dos dezenove anos, Max começa um relacionamento com uma mulher chamada Frida, casada com um nazista que tem uma amizade com um comunista, isso coloca o jovem Max num fogo cruzado pelo regime nazista, o que o obriga a fugir para o Brasil dentro de um navio quando seu relacionamento é descoberto.
Este navio está transportando vários animais para a América, e após uma tempestade, o navio naufraga, deixando o jovem Max preso dentro de um pequeno escaler na companhia de um jaguar.
Foi a partir desta ideia, que pertence ao capítulo ''O jaguar no escaler'' que Martel tirou sua inspiração para ''As Aventuras de Pi''. A jornada de Max não é tão longa quanto a de Pi, e aqui o jaguar possui outro significado - interprete como quiser, eu mesmo acredito que seja uma metáfora ao medo do nazismo. A partir daí, Max tem que aprender a conviver com o jaguar, que passa a maior parte do tempo faminto.
Mas as semelhanças terminam aí, quando Max chega à Porto Alegre a história toma outros rumos - sobre fantasmas do passado que ainda o atormentam. Não contarei mais do que isso para não estragar o final do livro.
A edição de bolso lançada em 2009 traz uma introdução de 50 páginas falando sobre o polêmica do plágio e o ponto de vista do autor, que decidiu não processar Martel, alegando ter sido apenas uma ''forma de inspiração''. Enquanto ''Max e os Felinos'' foca no nazismo, na ditadura e no medo do passado, ''As Aventuras de Pi'' é mais centrado no lado espiritual e na superação de si próprio. Apesar de começos e meios parecidos, ambos livros tomam rumos diferentes. ''Max e os Felinos'' é um livro curto, uma leitura rápido e gostosa e super indicado para aqueles, que assim como eu, ficaram encantados por ''As Aventuras de Pi''. Quem sabe ambos personagens não sejam primos distantes... quem poderá dizer?
Ano de lançamento original: 1981
Número de páginas: 121
Editora no Brasil: L&PM Pocket
O livro nacional ''Max e os Felinos'' foi lançado originalmente em 1981, eis que 21 anos depois foi lançado no meio de uma polêmica sobre plágio. Isso tudo, após o lançamento do livro ''As Aventuras de Pi'' do canadense Yann Martel em 2002, que teria se ''inspirado'' na obra de ''Max e os Felinos'' para criar a base de seu texto. Comecei a ler esta obra de Moacyr Scliar com muita curiosidade, pois sou apaixonado pelo filme ''As Aventuras de Pi'' - embora ainda não tenha lido o livro para trazer aqui mais comparações. Mas afinal, ''Pi'' e ''Max'' são mesmo MUITO parecidos?
Max é um jovem rapaz alemão que passou a vida toda vivendo sob a autoridade do pai, que tinha uma loja chamada ''Ao Tigre de Bengala'', onde a atração principal era um tigre empalhado que ele próprio caçara alguns anos atrás. Max sempre teve medo daquela imagem do tigre.
Ao fim dos dezenove anos, Max começa um relacionamento com uma mulher chamada Frida, casada com um nazista que tem uma amizade com um comunista, isso coloca o jovem Max num fogo cruzado pelo regime nazista, o que o obriga a fugir para o Brasil dentro de um navio quando seu relacionamento é descoberto.
Este navio está transportando vários animais para a América, e após uma tempestade, o navio naufraga, deixando o jovem Max preso dentro de um pequeno escaler na companhia de um jaguar.
Foi a partir desta ideia, que pertence ao capítulo ''O jaguar no escaler'' que Martel tirou sua inspiração para ''As Aventuras de Pi''. A jornada de Max não é tão longa quanto a de Pi, e aqui o jaguar possui outro significado - interprete como quiser, eu mesmo acredito que seja uma metáfora ao medo do nazismo. A partir daí, Max tem que aprender a conviver com o jaguar, que passa a maior parte do tempo faminto.
Mas as semelhanças terminam aí, quando Max chega à Porto Alegre a história toma outros rumos - sobre fantasmas do passado que ainda o atormentam. Não contarei mais do que isso para não estragar o final do livro.
A edição de bolso lançada em 2009 traz uma introdução de 50 páginas falando sobre o polêmica do plágio e o ponto de vista do autor, que decidiu não processar Martel, alegando ter sido apenas uma ''forma de inspiração''. Enquanto ''Max e os Felinos'' foca no nazismo, na ditadura e no medo do passado, ''As Aventuras de Pi'' é mais centrado no lado espiritual e na superação de si próprio. Apesar de começos e meios parecidos, ambos livros tomam rumos diferentes. ''Max e os Felinos'' é um livro curto, uma leitura rápido e gostosa e super indicado para aqueles, que assim como eu, ficaram encantados por ''As Aventuras de Pi''. Quem sabe ambos personagens não sejam primos distantes... quem poderá dizer?
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