sexta-feira, 31 de julho de 2015

''O TEOREMA KATHERINE'', DO JOHN GREEN

Título original: An Abundance of Katherines
Ano de lançamento original: 2006
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Tradução por: Renata Pettengill
Número de páginas: 302
Editora no Brasil: Intrínseca

Neste livro do autor John Green (conhecido por seus famosos livros young adults) conhecemos o Colin, um jovem nerd que sabe vários idiomas, participa de acampamentos de estudos e até de programas para jovens superdotados (já repararam como a maioria dos protagonistas do John Green tem quase o mesmo perfil? são todos nerds!). E ao longo da vida - sua jovem vida, na verdade - ele namorou nada menos que 19 Katherines, sim, DEZENOVE! Mas elas não poderiam ser Caterines, Katerines, Catherines ou Kattherines... elas precisavam ser K-A-T-H-E-R-I-N-E-S. E todas elas terminaram com ele!

Apesar de Colin ser um rapaz muito estudioso ele se cobra muito por isso. Ele está disposto a ser o melhor. Até que num belo dia, ele, e seu melhor amigo Hassan decidem cair na estrada e fazer uma road trip para ''respirar novos ares''. Porém, essa road trip acaba não acontecendo, já que Colin e Hassan acabam parando logo na primeira cidade, onde eles conhecem a Lindsey, cuja a mãe possui uma fabrica ali nas redondezas e acaba arrumando um trabalho temporário para os rapazes.

Enquanto Colin está nessa cidadezinha rural ele começa a desenvolver um teorema (baseado em suas experiências com todas as dezenove Katherines) capaz que prever quando os relacionamentos vão terminar. Acreditem ou não, mas este teorema existe de verdade! e ele está presente nos apêndices do livro.



Os personagens de ''O Teorema Katherine'', assim como todos os livros do autor, são muito cativantes. E é inevitável você se lembrar de uma coisinha ou outra presente nos outros livros do Green. Como já mencionado acima, o protagonista mais uma vez é um jovem nerd que tem medo de ser esquecido, aí ele conhece uma garota que passa o livro tentando mudar seu ponto de vista. Infelizmente ''O teorema Katherine'' foi o livro que eu menos gostei do John Green - não que ele seja ruim - mas, na verdade, poucas coisas acontecem neste livro, acredito que muita coisa teria de ser alterada para o livro ganhar as telas de cinemas, por ''problemas'' no ritmo.

Se você é fã do autor, recomendo a leitura, mate sua curiosidade e prometo que apesar dos altos e baixos a histórias tem seus momentos divertidos.

''Estávamos na rua Giddings e a neve fazia ficar tudo tão silencioso... Eu não conseguia ouvir mais nada no mundo além de você. E, naquele momento, estava tão frio e tão silencioso... E eu te amava tanto. Agora está calor e muito quieto de novo. E eu ainda te amo.''




segunda-feira, 27 de julho de 2015

''UM DIA'', DE DAVID NICHOLLS

Título original: One Day
Ano de lançamento original: 2009
Ano de lançamento no Brasil: 2011
Tradução por: Claudio Carina
Número de páginas: 411
Editora no Brasil: Intrínseca

''Para que servem os dias?
Dias são onde vivemos.
Eles vêm, nos acordam
Um depois do outro.
Servem para a gente ser feliz:
Onde podemos viver senão neles?'' - Philip Larkin, ''Days''

15 DE JULHO DE 1988 - Emma e Dexter resolveram passar a noite juntos após a festa de formatura. Amanhã eles seguirão caminhos diferentes. Mas onde estarão nesse mesmo dia nos próximos anos?

Anos se passam e Emma e Dex levam vidas isoladas - completamente diferente do que eles sonhavam. Mas nenhum dos dois conseguiu esquecer aquele primeiro encontro no dia 15 de julho. A partir daí o autor David Nicholls nos guia por vinte anos na vida desses dois personagens, todos narrados no dia 15 de julho!



quinta-feira, 23 de julho de 2015

''PONTE PARA TERABÍTIA'', DE KATHERINE PATERSON

Título original: Bridge To Terabithia
Ano de lançamento original: 1977
Ano de lançamento no Brasil: 2006
Tradução de: Ana Maria Machado
Número de páginas: 160
Editora no Brasil: Salamandra

''Escrevi este livro para meu filho
David Paterson, mas depois que
ele o leu pediu que eu pusesse o nome da Lisa
também nesta página, e estou pondo.

Para David Paterson e Lisa Hill, banzai.''

Eu já comentei em algum outro post aqui no blog o quanto fico ''encafifado'' (vocês conhecem essa palavra? haha) com os nomes mencionados nas dedicatórias dos livros. Eu corro para o Google e começo a investigar aqueles nomes, tento conhecer um pouquinho mais sobre essas pessoas que mereceram ter seus nomes estampados antes da história começar. E fico feliz em saber que essas pessoalmente realmente existiram e que - de alguma forma, serviram de ''inspiração'' para determinada história.

Eu queria lhes contar mais sobre o que descobri sobre a Lisa Hill aqui, mas, não conseguiria fazer isso sem acabar dando algum SPOILER sobre o livro. O que vocês precisam (precisam mesmo?) por enquanto é que o David Paterson citado era filho da autora que escreveu este belíssimo livro chamado ''Ponte para Terabítia'', o livro foi escrito na forma de consolar a dor do filho quando ele tinha apenas oito anos de idade. No final desta resenha eu resolvi incluir um link (para quem entende inglês e for curioso, assim como eu) onde vocês poderão conhecer um pouquinho mais sobre Lisa Hill e como ela serviu de inspiração para este livro!

Eu conheci ''Ponte para Terabítia'' através de um amigo, que me emprestou o DVD do filme (lançado em 2007) quando eu estava entrando para o Ensino Médio. Resolvi tirar uma tarde para assistir o longa sem grandes expectativas, e quando começaram os créditos finais eu tinha certeza que levaria aquela história comigo para o resto da vida. Não estou dizendo que este seja O MELHOR FILME QUE EXISTE NO MUNDO, mas ele trás uma mensagem muito bonita sobre amizade, amor, infância e fidelidade.

Anos mais tarde eu tive a oportunidade de ler o livro escrito pela americana Katherine Paterson e passei a recomenda-lo para crianças que estão pensando em começar a se aventurar no mundo dos livros, já que a escrita de Paterson é fácil e ágil - recomendo o livro mesmo para aqueles que tem um inglês básico/intermediário já que a escrita é bem simples.

''Ponte para Terabítia'' começa nos apresentando o protagonista Jess Aarons, um menino que está cursando a quinta série e é o corredor mais rápido da turma. Ele mora com sua família bem pobre no interior dos Estados Unidos e passa suas tardes treinando corrida por entre os campos de sua casa. Só tem uma coisa que Jess ama mais do que correr e desenhar: sua professora de música, Miss Edmunds por quem Jess tem uma paixão platônica. Para dizer a verdade, Jess não tem amigos, e suas irmãs e colegas de sala passam a maior parte do tempo ''pegando no seu pé''.

Até que Jess conhece Leslie Burke, sua nova colega de sala que acabou de chegar de uma cidade grande para desfrutar dos prazeres da vida no campo (segundo seus pais) e tem um grande talento para corrida, assim como Jess. Mas a maior qualidade de Leslie é sua imaginação, filha de pais escritores a menina vive no ''mundo da lua''.  Um dia, enquanto brincavam perto de um riacho seco, Leslie e Jess encontram uma velha macieira com uma corda amarrada e Leslie - afim de estimular o lado criativo de Jess - explica que aquela é uma ''corda mágica'', que pode leva-los à um outro mundo: Terabítia.

P.S: Leslie era muito fã dos livros de C.S.Lewis, acredito que o nome Terabítia tenha vindo do nome Terebínthia, uma ilha de Nárnia citada no livro ''A Viagem do Peregrino da Alvorada'' (resenha deste livro aqui)

              '' - Feche os olhos, mas deixe a mente bem aberta.''

A partir de então Leslie e Jess começam a se aventurar neste mundo criado por eles do outro lado do riacho, um mundo mágico onde eles possam fugir dos maus tratos dos colegas e da dura realidade vivida pela família de ambos.

A história apesar de bem simples é bonita e tocante, nos faz relembrar as brincadeiras de criança e refletir sobre temas universais. Tanto o livro quanto o filme são cheio de detalhes subliminares, onde você pode tirar várias interpretações.

Segue neste link a verdadeira história por trás do livro (arquivo PDF em inglês) que me cativou tanto.

''Mas depois que o cavaleiro ficasse lá por algum tempo, e estivesse mais forte, era preciso que seguisse adiante. (...) Agora era a hora de ele seguir em frente, Leslie não estava mais ali, então Jess tinha que continuar pelos dois. Era a vez dele devolver ao mundo, em beleza e carinho, o que Leslie lhe emprestara em visão e força.''



sexta-feira, 17 de julho de 2015

''A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA'', DE WASHINGTON IRVINE

Título original: The Legend of Sleepy Hallow
Ano de lançamento original: 1820
Ano de lançamento no Brasil: 2011
Tradução por: Santiago Nazarian
Número de páginas: 66
Editora no Brasil: LeYa

''A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça'' se passa por volta de 1790, numa vila afasta de Nova York chamada Sleepy Hallow. Lá conhecemos o professor Ichabod Crane, um homem magro, supersticioso e de boa lábia que está tentando chamar a atenção da jovem e bela Katrina Van Tassel, filha de um fazendeiro rico da região. Mas Ichabod não é o único a encantar pela jovem donzela, já que o valente e forte Abraham "Brom Bones" Van Brunt também está disputando a mão da jovem. Quando Crane deixa uma festa na casa dos Van Tassel numa noite de outono, é perseguido pelo "Cavaleiro sem Cabeça", um suposto fantasma de um soldado "Hesseno" (germânico) que tinha tido a cabeça arrancada por uma bala de canhão durante uma "batalha sem nome" da Revolução Americana.

Contar mais do que isso, seria estragar o enredo do livro, já que o mesmo possui apenas 66 páginas (na edição brasileira). Eu realmente estava esperando um conto muito mais detalhado.

Ao longo dos anos, o livro foi adaptado de diversas formas para a TV, cinema e teatros, mas acredito que a versão mais fiel ao livro seja a animação da Disney (sim da Disney!) lançada no final de 1949 chamada ''Ichabod e o Sr. Sapo''. Eu li o livro com essa animação em mente, pois ela parece seguir linha por linha do livro de Irvine. Outra adaptação conhecida no cinema (talvez a mais conhecida) seja o filme de 1999 do diretor Tim Burton estrelado por Johnny Depp e Christina Ricci. Particularmente, eu prefiro a versão cinematográfica (de 1999) do que a própria obra escrita, já que a versão de Burton trás muitos detalhes que não aparecem no livro, tal como a própria origem do Cavaleiro Sem Cabeça.

Essa edição ilustrada da LeYa lançada em 2011 trás belíssimas artes de Walter Pax, que se assemelham (e muito) com o visual do filme de Tim Burton. Fica a dica!