Nacional
Ano de lançamento original: 1981
Número de páginas: 121
Editora no Brasil: L&PM Pocket
O livro nacional ''Max e os Felinos'' foi lançado originalmente em 1981, eis que 21 anos depois foi lançado no meio de uma polêmica sobre plágio. Isso tudo, após o lançamento do livro ''As Aventuras de Pi'' do canadense Yann Martel em 2002, que teria se ''inspirado'' na obra de ''Max e os Felinos'' para criar a base de seu texto. Comecei a ler esta obra de Moacyr Scliar com muita curiosidade, pois sou apaixonado pelo filme ''As Aventuras de Pi'' - embora ainda não tenha lido o livro para trazer aqui mais comparações. Mas afinal, ''Pi'' e ''Max'' são mesmo MUITO parecidos?
Max é um jovem rapaz alemão que passou a vida toda vivendo sob a autoridade do pai, que tinha uma loja chamada ''Ao Tigre de Bengala'', onde a atração principal era um tigre empalhado que ele próprio caçara alguns anos atrás. Max sempre teve medo daquela imagem do tigre.
Ao fim dos dezenove anos, Max começa um relacionamento com uma mulher chamada Frida, casada com um nazista que tem uma amizade com um comunista, isso coloca o jovem Max num fogo cruzado pelo regime nazista, o que o obriga a fugir para o Brasil dentro de um navio quando seu relacionamento é descoberto.
Este navio está transportando vários animais para a América, e após uma tempestade, o navio naufraga, deixando o jovem Max preso dentro de um pequeno escaler na companhia de um jaguar.
Foi a partir desta ideia, que pertence ao capítulo ''O jaguar no escaler'' que Martel tirou sua inspiração para ''As Aventuras de Pi''. A jornada de Max não é tão longa quanto a de Pi, e aqui o jaguar possui outro significado - interprete como quiser, eu mesmo acredito que seja uma metáfora ao medo do nazismo. A partir daí, Max tem que aprender a conviver com o jaguar, que passa a maior parte do tempo faminto.
Mas as semelhanças terminam aí, quando Max chega à Porto Alegre a história toma outros rumos - sobre fantasmas do passado que ainda o atormentam. Não contarei mais do que isso para não estragar o final do livro.
A edição de bolso lançada em 2009 traz uma introdução de 50 páginas falando sobre o polêmica do plágio e o ponto de vista do autor, que decidiu não processar Martel, alegando ter sido apenas uma ''forma de inspiração''. Enquanto ''Max e os Felinos'' foca no nazismo, na ditadura e no medo do passado, ''As Aventuras de Pi'' é mais centrado no lado espiritual e na superação de si próprio. Apesar de começos e meios parecidos, ambos livros tomam rumos diferentes. ''Max e os Felinos'' é um livro curto, uma leitura rápido e gostosa e super indicado para aqueles, que assim como eu, ficaram encantados por ''As Aventuras de Pi''. Quem sabe ambos personagens não sejam primos distantes... quem poderá dizer?
terça-feira, 19 de maio de 2015
domingo, 10 de maio de 2015
''A ESCOLHIDA'', DA LOIS LOWRY
Título original: Gathering Blue
Ano de lançamento original: 2.000
Ano de lançamento no Brasil: 2.014
Tradução: Fabiano Morais
Número de páginas: 190
Editora no Brasil: Editora Arqueiro
''Orgulhe-se da sua dor.''
Kira é uma jovem garota que vive numa sociedade distópica onde os fortes descartam os mais fracos. Órfã e com uma deficiência na perna, a garota passa a se tornar um fardo para seus vizinhos que decidem leva-la para um julgamento com os Guardiões para que Kira possa ser ''descartada'', pois passa a ser considerada inútil para a sociedade.
Quando tudo parecia estar perdido, Kira descobre que os Guardiões já tinham outros planos e encarregaram de uma tarefa grandiosa: restaurar os bordados da Túnica do Cantor, uma veste centenária que conta a história do mundo.
Escolhida pelo talento herdado da mãe, a jovem acaba ficando radiante com a honraria. Quando dá início ao trabalho minucioso de investigação do passado, Kira se depara com uma série de mistérios nas profundezas do universo que achava conhecer tão bem. Após ser confrontada com a verdade, a jovem garota precisará tomar decisões que mudarão sua vida e de toda a comunidade.
''A Escolhida'' é na verdade o segundo volume da série ''O Doador de Memórias'', mas aqui, a autora Lois Lowry nos apresenta personagens e cenários distintos ao primeiro volume. Podemos dizer que, ''A Escolhida'' serve apenas para complementar o universo distópico criado pela autora, porém não deixa de ser importante já que - acredito eu - a história de seus personagens irão se conectar de alguma forma nos próximos volumes. Entretanto, acredito que seria mais interessante a autora ter lançado um único livro alternando o ponto de vista de seus distintos personagens, já que essa divisão em 4 volumes faz o segundo livro da série, ''A Escolhida'' parecer um simples conto (muito óbvio em alguns momentos).
Sinceramente não consegui imaginar um filme deste livro, acredito que seria preciso muito mais elementos para esta história convencer nas telas. Assim como o filme ''O Doador de Memórias'' (lançado em Setembro de 2013) precisou. ''A Escolhida'' é mais um ''gancho'' para o próximo volume do que o livro anterior, infelizmente a história aqui não se mantém por si só.
Ano de lançamento original: 2.000
Ano de lançamento no Brasil: 2.014
Tradução: Fabiano Morais
Número de páginas: 190
Editora no Brasil: Editora Arqueiro
''Orgulhe-se da sua dor.''
Kira é uma jovem garota que vive numa sociedade distópica onde os fortes descartam os mais fracos. Órfã e com uma deficiência na perna, a garota passa a se tornar um fardo para seus vizinhos que decidem leva-la para um julgamento com os Guardiões para que Kira possa ser ''descartada'', pois passa a ser considerada inútil para a sociedade.
Quando tudo parecia estar perdido, Kira descobre que os Guardiões já tinham outros planos e encarregaram de uma tarefa grandiosa: restaurar os bordados da Túnica do Cantor, uma veste centenária que conta a história do mundo.
Escolhida pelo talento herdado da mãe, a jovem acaba ficando radiante com a honraria. Quando dá início ao trabalho minucioso de investigação do passado, Kira se depara com uma série de mistérios nas profundezas do universo que achava conhecer tão bem. Após ser confrontada com a verdade, a jovem garota precisará tomar decisões que mudarão sua vida e de toda a comunidade.
''A Escolhida'' é na verdade o segundo volume da série ''O Doador de Memórias'', mas aqui, a autora Lois Lowry nos apresenta personagens e cenários distintos ao primeiro volume. Podemos dizer que, ''A Escolhida'' serve apenas para complementar o universo distópico criado pela autora, porém não deixa de ser importante já que - acredito eu - a história de seus personagens irão se conectar de alguma forma nos próximos volumes. Entretanto, acredito que seria mais interessante a autora ter lançado um único livro alternando o ponto de vista de seus distintos personagens, já que essa divisão em 4 volumes faz o segundo livro da série, ''A Escolhida'' parecer um simples conto (muito óbvio em alguns momentos).
Sinceramente não consegui imaginar um filme deste livro, acredito que seria preciso muito mais elementos para esta história convencer nas telas. Assim como o filme ''O Doador de Memórias'' (lançado em Setembro de 2013) precisou. ''A Escolhida'' é mais um ''gancho'' para o próximo volume do que o livro anterior, infelizmente a história aqui não se mantém por si só.
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